Muitas pesquisas recentes têm se concentrado na melhoria da qualidade do colostro, mas Erickson e seus coautores buscaram reunir o conhecimento científico atual sobre os
fatores que influenciam a própria produção de colostro, a fim de entender melhor como tratar vacas que produzem quantidades reduzidas ou nenhuma quantidade de colostro no momento do parto.
Os resultados de sua revisão apontam para vários fatores na vida da vaca leiteira que influenciam a sua capacidade de produção de colostro. A ingestão de energia nas semanas que antecedem o parto é crucial para uma produção ótima de colostro.
"Estudos mostram que fornecer uma
dieta pré-parto com maior teor de açúcar tende a aumentar a produção de colostro, e fornecer dietas que atendam às necessidades nutricionais das
vacas no período pré-parto é essencial", observou Erickson, autor principal do artigo. A revisão também destaca que a suplementação com colina protegida ruminalmente tem demonstrado aumentar a produção de colostro.
As condições ambientais, como a duração do período seco e a temperatura, também afetam a produção de colostro, com pesquisas indicando que um período seco mais longo pode aumentar a produção de colostro, dependendo da época do ano. Um período seco mais longo em temperaturas baixas, em comparação com temperaturas moderadas a altas, pode reduzir levemente a produção de colostro. Além disso,
temperaturas ambientais baixas podem afetar os perfis hormonais naturais das vacas, que desempenham um papel vital na regulação da produção de colostro, segundo o comunicado do ARPAS.
Pesquisas recentes indicam que a genética pode desempenhar um papel significativo, com dados apontando que
vacas da raça Jersey podem ter uma predisposição
genética para baixa produção de colostro.
Por fim, um manejo adequado no momento da secagem da vaca é essencial, pois vacas que parirem com
mastite produzirão menos colostro devido a danos nos tecidos mamários, afirmou o ARPAS no comunicado.
Os produtores de leite podem aplicar as descobertas desta revisão para mitigar os desafios relacionados à produção reduzida ou inexistente de colostro, concentrando-se nos fatores identificados, como duração do período seco, nutrição, ambiente e genética, de acordo com as conclusões da revisão.